quarta-feira, novembro 30, 2005

Pedido de desculpas


Há bem pouco tempo, aqui neste colo, dissemos "um bocado mal" das lojas Worten. Foram apelidadas de "coisas mais deprimentes a assolar o Portugal esquecido". Pois bem, estava errado. Acontecimentos dos últimos dias mudaram a minha opinião uns bons 180º. Na verdade, penso agora que todas as lojas Worten deveria ser elevadas ao estatuto de Património da Humanidade. Não interessa porquê. É assim... Obridado lops!

domingo, novembro 27, 2005

Six feet above the ground


Help, I have done it again
I have been here many times before
Hurt myself again today
And, the worst part is there's no-one else to blame

Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me

Ouch I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found,
Yeah I think that I might break
I've lost myself again and I feel unsafe


Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me

Breathe Me, Sia.

Esta música deu fim à 5ª (e última) série do Six feet under e, só por isso, já merece ser odiada. Por outro lado, quando se esquece que é música para funerais, há por lá um certo encanto.

O álbum chama-se Colour the small one e caso a voz de Sia parece familiar, é natural - é a mesma do Simple Things dos Zero 7. Não é nada do outro mundo, mas tem qualquer coisa.

P.S.: outra música do álbum, The Bully, foi co-escrita pelo Beck. Com amigos assim...

sábado, novembro 26, 2005

Obrigado senhor Jesus!

Hoje o Pai Natal estava no Modelo a tirar fotografias com a canalha, disseram cá por casa.

"É de graça?" diziam os pais (não muito) babados.

Aparentemente, o encanto das barbas brancas tem um preço. Sabendo que as lojas Worten são das coisas mais deprimentes a assolar o Portugal esquecido (logo a seguir aos programas matinais nas nossas televisões), é claro que o céu não é o limite para os criativos do marketing made in Sonae. Quando se tem de empurrar cd's nice price de há uns 10 anos a desgraçados que só tiram o carro da garagem nesta época do ano, convém sacar de uns golpes de génio. Tipo... o Pai Natal. No Natal.

E isto é triste: sem renas. Nem imigrantes de leste com aspecto duvidoso a fazer de gnomos.

E lá foi mais uma colectânea de natal dos Scorpions, talvez em formato acústico para não incomodar a ceia de natal.

"Querido Pai Natal,

Este ano portei-me muito mal. Por isso, a única coisa que te peço é o seguinte: quando andares por aí na véspera de natal a distribuir presentes pelas meninas e meninos bons, tenta marrar com o tréno no máximo de iluminações possiveis. Especialmente as que incluem banda-sonora. Faz também com que as tuas renas soltem o produto de digestão das cenouras em cima de tudo o que for verdinho, engraçadinho e com neve-a-fingir-que-parece-esferovite-vomitada.

Aquele abraço!"

Sair de casa ao fim de semana por aqui é desporto radical.

100 bucks

Nem tudo o que vem da terra do Bush é mau...

O computador portátil de 100$, desenvolvido pelo MIT Media Lab, através da recém formada ONG One Laptop per Child.

Não dá é para oferecer à irmã mais nova no natal; vai ser só distribuido directamente às escolas através dos governos.

quarta-feira, novembro 23, 2005

olha, politica!


Esta é a minha forma de mostrar que (por uma razão ou outra, sempre infelizmente, porque já ouvi dizer que é rir a bom rir) não percebo nada de politica.

Mas este candidato parece bem.

Fazfavore de cumprir o dever democratico. Vieira2006.com

Talvez algo comece a fazer sentido quando a politica deixar de ser feita por politicos.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Woody Guthrie


Não conheço a obra do senhor, mas a foto é de mais.

terça-feira, novembro 15, 2005

Ditaduras disfarçadas

"[...] É normal na indústria musical, e não só, dizer-se que nos EUA e nalguns países europeus se vive numa ditadura disfarçada. Quantas bandas não elegem George Bush como inimigo número 1? Quantas músicas não falam de racismo social? Tirando a justeza de algumas das reivindicações, não deixa de ser evidente que, quer nos países asiáticos, quer nos africanos, se alguma banda se atrevesse a cantar ou vestir algo ofensivo para um líder taliban ou um rei saudita ou líder déspota africano não teria, seguramente, muito tempo de vida. Mal aparecessem em público seriam eliminados automaticamente. O mais grave é que mesmo na europa e nos EUA ninguém se atreve a chamar os bois pelos nomes, pois têm medo que lhes caia alguma fatwa, um decreto religioso que pode ir até à pena de morte. Lembram-se de Salman Rushdie?

Não tenho qualquer simpatia por George Bush, acredito que representa o pior que a direita conservadora tem. Que alguns franceses são arrogantes e racistas, também é pacífico. Mas queria era ver uma banda magrebina, por exemplo, a defender o consumo de álcool, a igualdade de tratamento entre homens e mulheres e, porque não, o direito ao aborto. Não, não estou a dizer que o fizessem em África. Estou a falar de França. Dessa forma, cantavam em nome do progresso."

Vítor Rainho, Director Interino do Blitz.

domingo, novembro 13, 2005

Ode ao grande preguiçoso


"A Arte não é a verdade. A Arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade".

Pablo Picasso

como podes ver Sérgio, aqui ninguém ficou chateado... :)

God Bless America!

Ladies and gentlemen, it's time
For all the good that's in you to shine
For all the lights to lose their shade
For all the hate that's in you to fade
Ladies and gentlemen, it's time
For the maracas and the tambourines
To play them until they break or until the day breaks
Don't hide anymore, it's time to be seen

Ladies and gentlemen, it's time
For you to flash like a dancer who aims to please
Time to unbutton every button of your cowardice
Time to be warm in the dark, don't let the dancer freeze
Ladies and gentlemen, it's time
The bartender is looking you right in the eye
He says, "i'm gonna replace all your weak blood with my wine,
If you can't live with the truth, go ahead - try and live with a lie"

Ladies and gentlemen, it's time
For all the good that's in you to shine
For all the lights to lose their shade
For the hate that's in you to fade
To fade
To fade
To fade

American Music Club, Ladies and Gentlemen do recentemente descoberto aqui pelo menino, Love Songs for Patriots.

sábado, novembro 12, 2005

care less


Não sei em que medida Hobbes ajuda Calvin a ver o que é realmente importante, mas sem dúvida que me ajuda a mim.
Bill Watterson

quinta-feira, novembro 10, 2005

Geordie accent



Maxïmo Park e o seu grande monumento retro-angular A Certain Trigger.

Ou como diz uma certa menina: "lies, lies, lies..."

retrovirus rides @ the end of the world.

http://www.time.com/time/photoessays/james_nachtwey_global/

Chocante, é isto ser banal.

Roubado daqui.

sábado, novembro 05, 2005

a eterna loja da moda também caga em cima do balcão

Façam favor de ler aqui.

É impressão minha, ou isto por cá quando mete produtos da marca da maça dá sempre para o torto? Deve ser impressão... Há uns bons 6 meses encomendei on-line um "cabo de dados" para um motorola no site da tal loja da moda. Mandei vir pelo correio. Vivo no centro do porto. E ainda estou à espera. Pois. Deve ser uma conspiração contra as marcas americanas. Cambada de fanáticos.

e será que reza um pai nosso?

Jerónimo não pensa em Louçã quando se deita.

Pub.

Nevoeiro na cidade

" Entre escrever um livro e preparar uma manifestação, distribuir a imprensa clandestina e cumprir qualquer outra tarefa de organização ou agitação não havia diferença apreciável. Que um livro exercesse a sua acção e desaparecesse em seguida, que mal havia nisso? Acontecia o mesmo às próprias pessoas. Outras pessoas viriam, outros livros viriam.

O que ajuda a compreender como a consciência do processo revolucionário, da sua complexidade, amadurece lentamente. E como é difícil ou impossível evitar que assim seja.

Na verdade, as intenções não chegam para forjar armas e fazê-las funcionar, como toda a gente sabe, julga que sempre soube, mas só se sabe depois. E o mais surpreendente é que até as intenções não são nunca exactamente apenas aquilo que pensamos quando, com tanta sinceridade, julgamos inicialmente difini-las e cremos estar a pô-las em prática. Metia o papel na máquina e escrevia, escrevia, sem querer preocupar-me com o que muito mais tarde viria a chamar-se a «escrita». Mas era isso (só isso) o que fazia?"

Mário Dionísio, e um excerto da sua "Evocação em jeito de prefácio" de O Dia Cinzento e outros contos. Publicado pela primeira vez em 1944 e evocado em Janeiro de 1997.