sábado, fevereiro 26, 2005

rotina

o tempo destroi tudo.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Manic Street Preaching

"You're obliged to pretend respect for people and instituions you think absurd. You live attached in a cowardly fashion to moral and social conventions you despise, condemn, and know lack all foundation. It is that permanent contradiction between your ideas and desires and all dead formalities and vain pretenses of your civilization wich makes you sad, troubled and unbalanced. In that intorable conflict you lose all joy of life and all feeling of personality, because at every moment they supress and restrain and check and free play of your powers. That's the poisoned and mortal wound of the civilized world."

The Torture Garden - Octave Mirbeau


O Holy Bible fez agora dez anos e recebeu uma edição especial...

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

clinical_subclinical_cinical

Lembro-me de teres dito que uma coisa nada tinha a ver com a outra.
Afinal todos nós andamos lá perdidos, não é?
Acho piada a estes primeiros dias, porque neles surge sempre aquele entusiasmo que desaparece aos poucos. Quando percebemos que são só folhas e mais folhas.
Tanto entusiasmo e são só folhas e mais folhas.
Vai valer a pena?
Não há nada melhor por ai pois não?

Pois não, não tem nada a ver. Ou se tem não vamos dizer a ninguém.

É o nosso segredo. (mas os segredos podem ser partilhados?)

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

interpol

envy é demais...

ainda não tive pachorra para ouvir o resto do disco... mas aquilo promete...
e já vi o video na mtv... os meninos estão a ter atenção...

"rose mary, heaven restores you in life..."

domingo, fevereiro 20, 2005

Wuseless-Fi

Fui votar.

Aqui na província, a 30 km do Porto isso significa viagem à escola secundária mais próxima. Significa aturar os sôs agentes da GNR mais os seus patroles verdes de esgelha em cima do passeio enquanto a autoridade controla a população cumpridora.

Significa também escapar às senhoras da cruz vermelha. Dar a moedinha tudo bem, agora levar com o autocolante da cruzinha para toda a gente ver como eu sou generoso se calhar já é de mais. Se precisam de dinheiro não o gastem em idiotices. Ai eu até não me importava de comprar a CAIS, mas os gajos não oferecem autocolante com a revista. (…)

Também significa aturar os senhores e senhoras que pertencem à maravilhosa faixa de população ainda mais (!) cumpridora que fica a guardar a mesa de voto, esse altar da democracia. Oh, esses maravilhosos cidadãos, que se queixam porque veja lá (…) já uma da tarde e ainda nem fui almoçar. Oh, como é pesada a farda dos defensores da democracia.

Cumprido o dever cívico, entrei em modo “fugir para casa que hoje é domingo e eu sou alérgico a fato de treino”.

Mas fui detido.

Nos corredores desta casa do saber, entre os cartazes que os meninos do agrupamento 1 fazem sobre a camada do ozono, as manchas de humidade e um relógio que sobrou do tempo em que não se faziam estas maluqueiras dominicais, descansavam objectos pretos, com um ar muito clean e hi-tech.
Luzinhas azuis e vermelhas. 2 anteninhas, uma de cada lado. Deve ser do alarme dizia um cidadão cumpridor. (todos os portugueses são entendidos em todo e qualquer assunto – fosse isto um reactor nuclear e o cidadão cumpridor se apressaria a descrever o processo de fissão nuclear porque lá na fábrica trabalho um gajo, meio monhé, que veio lá da terra do chernobilhas)

Eu, do alto da minha portuguesidade, atiro um palpite: aquilo era um router Wi-Fi. E havia lá um de 10 em 10 metros. Em todas as salas. Em tudo o que era parede.
Pois é. A maioria dos iluminados que frequenta aquelas salas de aulas, chega ao primeiro subsídio de desemprego ou à faculdade (não necessariamente por esta ordem) a pensar que os computadores só servem para o Quake, o Word, e para copiar um ou outro trabalho de história de um site brazuca.

Para eles a Internet é um buraco sócio-geracional (porque os cotas não percebem nada daquilo) onde só cabe pornografia, messenger, e conhecimentos científicos mal amanhados para encher o olho de uma professora velha e cansada de mais para perceber a manhosice. Adoram-na portanto. Tiram dela todo o partido.

Por isso, que bom! Que moderno! Internet para os meninos! Ai vão ficar a saber tudo… ai que no meu tempo não havia nada disto…

Sim, sim a Internet é muito poderosa. É um recurso muito valioso para os meninos.

Mas, assim só para chatear… que raio de miúdo do ciclo, de uma terrinha, muito terriola, longe de tudo o que é mundo tem um computador portátil? O mimado e riquinho que leva uma coça sempre que sai com o seu toshiba à rua?

Não seria tipo, mais útil, simplesmente colocar ao dispor dos alunos mais computadores? Ligados à net, com um cabo.
Ou, porra, se têm de ter o Wi-Fi, escolhiam uma sala, a que iriam chamar (com muita pompa) sala de computadores. Espetavam na parede dessa sala um moderno router Wi-Fi. Colocavam na sala computadores com placas de rede Wi-Fi. E pronto!
Internet! E sem fios! (que moderno, ah?)

É que assim, os alunos podiam aceder à Internet!

Eu bem sei que olhar para aquelas luzinhas vermelhas e verdes estimula a imaginação. Eu bem sei que os meninos e meninas de hoje precisam de sonhar, de imaginar mundos interiores.

Agora dar routers a quem não sabe bem o que é a Internet é um bocadinho cruel. A escola devia ser para os putos. (eu hoje estou um querido)

Acho eu.

É pá, mas votar desta vez deu cá um gozo.
De nada Pedro.

Voto na hora do tacho

we all live in a yellow democracy.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Insustentável lugar comum do meu ser...

até que resisti muito tempo... devia dar uma prenda a mim mesmo...

oh... odeio epidemiologia...

voto no partido que tirar esta cadeia do programa... (meus senhores, estou no mercado para um partido!)

Fresh Start

Iupi... !