Ctrl C
Nova escola. Nova cidade. Nova casa. Nova comida. Novos amigos. Novos hábitos. (Novas manias.) Novas tardes com chuva. (Novas maneiras de queimar o tempo.) Novos medos. Novos sonhos. (Novas frustações.) Novas viagens. Novos livros. Novos sofás e pratos. Nova música. O adeus à televisão. Bocejo.
Ctrl V
"and I think I hear this song... somewhere."
Bem vindos.
Lição I: Ascenção e queda do Império Romano - (ou) a velocidade com que o assustador se torna ridiculo.
quinta-feira, setembro 29, 2005
domingo, setembro 25, 2005
Assim uma espécie de contra-cultura
"Vinicultuna de Biomédicas – tinto
(ou como perder todo o couro cabeludo em menos de uma semana)
Assim, sem se preceder por nenhum tipo de agoiro, a não ser uma ligeira náusea em meia dúzia de funcionários do Estado Novo, uma amálgama de gente de fardas academiformes entrou por ali a dentro e, retirando os gorros numa vénia, apresentaram-se. Ninguém se lembra muito bem do nome porque, além do 78 estar a passar na cordoaria a 130 km/h, a sala estava vazia. Só um veado embalsamado que agora já nem sequer está lá porque uma vez a Deolinda entornou-lhe sem querer um balde de lixívia nos cascos ao ponto da peça ter perdido qualquer interesse anatómico ou pedagógico que alguma vez possa ter tido. No entanto, e já na maca a caminho do Sto. António, o cervídeo sussurrou: “parece-me ter ouvido que os moços se chamavam pluricultura de biomédicas traço afeganistão”. O nome permaneceu incólume durante 3 ou 4 eras para ser adulterado nos fins de 1996 para Vinicultuna de Biomédicas – Tinto, por um bando de badamecos no piolho, um tasco ao lado do colégio onde na época estudavam (ou leccionavam [?]).
Desde então têm-se dedicado quase exclusivamente à prática da magia negra, exceptuando o Tó-Zé, que utiliza a magia verde. Encontram-se regularmente às 4tas feiras à noite para desafinarem os instrumentos e no resto da semana assaltam carrinhos telecomandados a crianças com mais de 23 anos e lançam piropos inocentes a raparigas culpadas pela dor, pelo vinho, pela vida, afinal.
Raramente são vistos a chorar pelos motivos certos. Costumam antes utilizar o riso para afugentar a tristeza de outras pessoas, chegando quase a consagrarem-se como fanfarra musical de eleições e funerais, não tivessem sido corridos a pontapé de uma câmara ardente lá para os lados de Vila-Pouca-de-Aguiar. Relativamente ao choro, guardam-no mais para o Outono, ou qualquer outra reunião de condições que acabe com as folhas a caírem das árvores.
Basicamente são uns bons rapazes que gostam de boas raparigas e poder beber uma boa dúzia de seven-ups com a malta do colégio assim ao fim dum dia de aulas. Adoram dar festinhas a cães e meter a língua na máquina de fazer rocas de açúcar. Detestam cheques pré-datados e raparigas que não façam arranjos de costura. Gostam mais ou menos de passear de barco e esperar pela sua vez na fila do banco. Desgostam mais ou menos de serem chamados à atenção e de meter o nariz onde são chamados.
Desde os primórdios até ao verão de 2005 reuniram 0 medalhas de ouro e 1 corridela de pano no Tetro Sá-da-Bandeira, mas nunca se gabam disso nas reuniões do condomínio. Nenhum dos membros tem filhos com o mesmo último nome, nenhum deles usa água-de-colónia, nenhum deles estudou sapateado, nenhum deles tira os sapatos antes de subir a palco ou maca.Todos eles se apaixonam facilmente por uma donzela que venha a janela, todos eles adoram deixar cair objectos à beira de umas boas mini-saias (ex: secção de roupa de senhora dos Armazéns Marques & Soares), todos eles fazem sapateado em palco, todos eles sabem construir tipis e totens, caso necesário.
Em caso de interesse ou desinteresse, ligue o 93876783X ou o 93876783X, respectivamente. Para outro tipo de situação, dirija-se a qualquer casa de banho pública com mais de dez anos,
P’la direcção de Apoio ao Cliente
___________________________h^»"
(ou como perder todo o couro cabeludo em menos de uma semana)
Assim, sem se preceder por nenhum tipo de agoiro, a não ser uma ligeira náusea em meia dúzia de funcionários do Estado Novo, uma amálgama de gente de fardas academiformes entrou por ali a dentro e, retirando os gorros numa vénia, apresentaram-se. Ninguém se lembra muito bem do nome porque, além do 78 estar a passar na cordoaria a 130 km/h, a sala estava vazia. Só um veado embalsamado que agora já nem sequer está lá porque uma vez a Deolinda entornou-lhe sem querer um balde de lixívia nos cascos ao ponto da peça ter perdido qualquer interesse anatómico ou pedagógico que alguma vez possa ter tido. No entanto, e já na maca a caminho do Sto. António, o cervídeo sussurrou: “parece-me ter ouvido que os moços se chamavam pluricultura de biomédicas traço afeganistão”. O nome permaneceu incólume durante 3 ou 4 eras para ser adulterado nos fins de 1996 para Vinicultuna de Biomédicas – Tinto, por um bando de badamecos no piolho, um tasco ao lado do colégio onde na época estudavam (ou leccionavam [?]).
Desde então têm-se dedicado quase exclusivamente à prática da magia negra, exceptuando o Tó-Zé, que utiliza a magia verde. Encontram-se regularmente às 4tas feiras à noite para desafinarem os instrumentos e no resto da semana assaltam carrinhos telecomandados a crianças com mais de 23 anos e lançam piropos inocentes a raparigas culpadas pela dor, pelo vinho, pela vida, afinal.
Raramente são vistos a chorar pelos motivos certos. Costumam antes utilizar o riso para afugentar a tristeza de outras pessoas, chegando quase a consagrarem-se como fanfarra musical de eleições e funerais, não tivessem sido corridos a pontapé de uma câmara ardente lá para os lados de Vila-Pouca-de-Aguiar. Relativamente ao choro, guardam-no mais para o Outono, ou qualquer outra reunião de condições que acabe com as folhas a caírem das árvores.
Basicamente são uns bons rapazes que gostam de boas raparigas e poder beber uma boa dúzia de seven-ups com a malta do colégio assim ao fim dum dia de aulas. Adoram dar festinhas a cães e meter a língua na máquina de fazer rocas de açúcar. Detestam cheques pré-datados e raparigas que não façam arranjos de costura. Gostam mais ou menos de passear de barco e esperar pela sua vez na fila do banco. Desgostam mais ou menos de serem chamados à atenção e de meter o nariz onde são chamados.
Desde os primórdios até ao verão de 2005 reuniram 0 medalhas de ouro e 1 corridela de pano no Tetro Sá-da-Bandeira, mas nunca se gabam disso nas reuniões do condomínio. Nenhum dos membros tem filhos com o mesmo último nome, nenhum deles usa água-de-colónia, nenhum deles estudou sapateado, nenhum deles tira os sapatos antes de subir a palco ou maca.Todos eles se apaixonam facilmente por uma donzela que venha a janela, todos eles adoram deixar cair objectos à beira de umas boas mini-saias (ex: secção de roupa de senhora dos Armazéns Marques & Soares), todos eles fazem sapateado em palco, todos eles sabem construir tipis e totens, caso necesário.
Em caso de interesse ou desinteresse, ligue o 93876783X ou o 93876783X, respectivamente. Para outro tipo de situação, dirija-se a qualquer casa de banho pública com mais de dez anos,
P’la direcção de Apoio ao Cliente
___________________________h^»"
Isto é um roubo descarado, mas eles de certeza que não querem saber.
Uma lição de subversão, ou como as coisas nem sempre são o que parecem.
Abençoados sejam os espíritos livres. Deles é o reino dos céus.
Os objectos pós-modernistas
"Temos para nós que reduzir todo o sistema de sinais que existem acima do podium (três torres e uma banda em L) a apenas três torres, duas de escritórios e uma de habitação, como formas radicalmente diferentes embora também expressionistas, agora de raiz floral, poderia ser um aggiornamento profundamente eficaz e altamente excitante; ainda que de raiz pós-moderna free style. Para horror dos neo-racionalistas."
Come again?
Isto é o Arquitecto Tomás Taveira a falar (acho eu...) sobre a actualidade dessa catedral-do-fato-de-treino-que-agora-parece-que-já-não-quer-ser: as Amoreiras.
A minha palavra nova favorita é esta: aggiornamento. Tem muita pinta. Talvez dê jeito para engatar à porta da Casa da Música. (Se alguém souber o que significa, faça o favor de explicar à malta.)
Será que estes gajos falam assim nas reuniões de trabalho? Não há nenhum construtor civil, muito homem, assim com pelo na benta, que os ensine a dizer umas caralhadas ou até a falar direito? Que faz um arquitecto quando vai à obra? Escreve poemas no betão fresco? Ai senhor empreiteiro... Estes andaimes são tão inspiradores... Se me permite, acho que vou aggiornar!
Come again?
Isto é o Arquitecto Tomás Taveira a falar (acho eu...) sobre a actualidade dessa catedral-do-fato-de-treino-que-agora-parece-que-já-não-quer-ser: as Amoreiras.
A minha palavra nova favorita é esta: aggiornamento. Tem muita pinta. Talvez dê jeito para engatar à porta da Casa da Música. (Se alguém souber o que significa, faça o favor de explicar à malta.)
Será que estes gajos falam assim nas reuniões de trabalho? Não há nenhum construtor civil, muito homem, assim com pelo na benta, que os ensine a dizer umas caralhadas ou até a falar direito? Que faz um arquitecto quando vai à obra? Escreve poemas no betão fresco? Ai senhor empreiteiro... Estes andaimes são tão inspiradores... Se me permite, acho que vou aggiornar!
sexta-feira, setembro 16, 2005
Mudar de lençois
"[...]
Lembro-me de quando estacionaste na rotunda e me ligaste:
“Estou perdido. Vem-me buscar”.
Lembro-me de me ter rido e de ter brincado contigo, acusando-te de te perderes dentro de casa. Lembro-me de ter calçado os meus mocassins creme, de ter corrido para o espelho da casa de banho, já de chaves da porta na mão, para ver como estava o meu cabelo. Lembro-me de ter batido a porta e corrido, corrido, corrido, como raramente o faço, para ti, para te ir buscar, longe ou perto, onde quer que estivesses.
Lembro-me de entrar no carro, com a cara gelada, e de me teres puxado contra ti e beijado, gracejando sobre a pouca fiabilidade das indicações que te dera, para chegares até mim, à revelia de todos.
Passo hoje pela rotunda e só me recordo. O lugar onde paraste está vazio, à espera de outro alguém, que espere ser buscado, por outra pessoa, que também corra como eu corri, que também ache que o amor vale qualquer corrida, que ajeite o cabelo e sinta o vento gelado acreditando, quanto mais não seja naquele momento, que para ser feliz, basta que alguém esteja, em algum lugar, à nossa espera.
[...]"
Rute Frazão
Uma vénia às nobres almas que ao longo dos tempos foram construindo uma certa cama. Porque em tempos - vamos chamar-lhe a minha "adolescência wébica" - me fizeram perceber que na internet (afinal) não havia só pornografia, mp3 e chats. Porque eu também vivo junto a uma grande rotunda onde um certo alguém se pode perder. Porque os lugares comuns nem sempre são vulgares.
(Ou então) Porque ando com a cabeça em (alegre e desejada) desfragmentação e isso de escrever coisas originais dá trabalho.
Lembro-me de quando estacionaste na rotunda e me ligaste:
“Estou perdido. Vem-me buscar”.
Lembro-me de me ter rido e de ter brincado contigo, acusando-te de te perderes dentro de casa. Lembro-me de ter calçado os meus mocassins creme, de ter corrido para o espelho da casa de banho, já de chaves da porta na mão, para ver como estava o meu cabelo. Lembro-me de ter batido a porta e corrido, corrido, corrido, como raramente o faço, para ti, para te ir buscar, longe ou perto, onde quer que estivesses.
Lembro-me de entrar no carro, com a cara gelada, e de me teres puxado contra ti e beijado, gracejando sobre a pouca fiabilidade das indicações que te dera, para chegares até mim, à revelia de todos.
Passo hoje pela rotunda e só me recordo. O lugar onde paraste está vazio, à espera de outro alguém, que espere ser buscado, por outra pessoa, que também corra como eu corri, que também ache que o amor vale qualquer corrida, que ajeite o cabelo e sinta o vento gelado acreditando, quanto mais não seja naquele momento, que para ser feliz, basta que alguém esteja, em algum lugar, à nossa espera.
[...]"
Rute Frazão
Uma vénia às nobres almas que ao longo dos tempos foram construindo uma certa cama. Porque em tempos - vamos chamar-lhe a minha "adolescência wébica" - me fizeram perceber que na internet (afinal) não havia só pornografia, mp3 e chats. Porque eu também vivo junto a uma grande rotunda onde um certo alguém se pode perder. Porque os lugares comuns nem sempre são vulgares.
(Ou então) Porque ando com a cabeça em (alegre e desejada) desfragmentação e isso de escrever coisas originais dá trabalho.
terça-feira, setembro 13, 2005
domingo, setembro 11, 2005
failure?
Ainda têm dúvidas quem o Google vai tomar conta do mundo?
http://www.theregister.co.uk/2005/09/09/google_bush_search/
http://www.theregister.co.uk/2005/09/09/google_bush_search/
Vento nos cabos (com o alto patrocinio do homem do saco cama)
The motorway won't take a horse.
The wanderer has found a course to follow.
The traveller unpacked his bags for the last time.
The troubadour cut off his hand and now he wants mine,
(Oh, no)
Oh no, not me.
The circus girl fell off her horse, now shes paralysed.
The hitchiker was bound and gagged, raped on the roadside.
The libertine is locked in jail.
The pirate sunk and broke his sail.
But I still have to go,
I've got to go, so here I go,
I'm gonna run the risk of being free.
The magicians secrets all revealed.
And the preachers lies are all concealed.
And all our heroes lack any conviction.
They shout through the bars of cliche and addiction.
So I've got to go,
I've got to go, so here I go
I'm gonna run the risk of being free.
And in this drought of truth and invention,
whooever shouts the loudest gets the most attention,
so we pass the mic and they've got nothing to say except:
Bow down, bow down, bow down to your god.
Then we hit the floor, and make ourselves and idol to bow before.
Well I can't,
And I won't
Bow down,
Anymore...
No more.
The Libertine, do senhor Patrick Wolf. O álbum chama-se Wind in the wires.
Eu e o Artur G. somos meninos para ir bater palmas à libertação desta-espécie-de-lobo-em-pele-de-cordeiro, dia 1 de Outubro ao Festival para Gente Sentada em Santa Maria da Feira.
Também somos capazes é de ficar de pé.
quarta-feira, setembro 07, 2005
Links, sabem o que é?
Estava eu a marretar, quando me deu fomeca e acabei com um valente murro no estomago aqui.
Não fiquem tristes, é só o Times. Eles sabem lá. Isto é gente que usa meia branca com sandálias e fica vermelha quando apanha sol. Claro que não entendem o encanto do nosso país (é o sol e as praias não é? estou sempre a esquecer...)
Não fiquem tristes, é só o Times. Eles sabem lá. Isto é gente que usa meia branca com sandálias e fica vermelha quando apanha sol. Claro que não entendem o encanto do nosso país (é o sol e as praias não é? estou sempre a esquecer...)
terça-feira, setembro 06, 2005
mais ou menos biomédicas
"The major difference between a thing that might go wrong and a thing that cannot possibly go wrong is that when a thing that cannot possibly go wrong goes wrong it usually turns out to be impossible to get at or repair."
Douglas Noel Adams
Douglas Noel Adams
sexta-feira, setembro 02, 2005
(it was) oh, so quiet!
"Avisam-se todos os alunos do ICBAS que a Associação de Estudantes e os representantes dos alunos nos Conselhos Directivo e Pedagógico, após reunião, estabeleceram as 13 horas do dia 3 de Setembro (Sábado) como limite para a revogação das alterações ao regime de transição de ano na inscrição 2005/2006 nas 3 licenciaturas.
Caso esta revogação não se verifique até ao limite citado, medidas drásticas serão tomadas."
in aeicbas.blogspot.com
Por favor não tirem as máquinas de café do átrio. A sério. É que isto sem casas de banho até vai lá, agora, sem cafeína...
Vamos lá ver então o que acontece no (em tempos) sereno e encantado Reino da Ciência, Biologia e Medicina da irredutível Freguesia de Vitória, na não menos invicta Cidade do Porto.
Caso esta revogação não se verifique até ao limite citado, medidas drásticas serão tomadas."
in aeicbas.blogspot.com
Por favor não tirem as máquinas de café do átrio. A sério. É que isto sem casas de banho até vai lá, agora, sem cafeína...
Vamos lá ver então o que acontece no (em tempos) sereno e encantado Reino da Ciência, Biologia e Medicina da irredutível Freguesia de Vitória, na não menos invicta Cidade do Porto.
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