segunda-feira, dezembro 25, 2006
domingo, dezembro 24, 2006
sábado, dezembro 23, 2006
sexta-feira, dezembro 22, 2006
quarta-feira, dezembro 20, 2006
segunda-feira, dezembro 18, 2006
domingo, dezembro 17, 2006
Ainda sobre os que se afastam
"Deveríamos nascer e morrer todos ao mesmo tempo. Não haveria famílias, nem pessoas mais novas - ao fim de oitenta anos, como numa festa de fim de ano, todos morreríamos. Ficariam os sábios, os escritores, os médicos muito bons - para ajudar a geração seguinte a nascer e viver.
Não haveria pais, mães, filhos - ninguém que morresse antes ou depois de quem ama ou os ama. O sofrimento, sem a morte, já chega. Saber que vão morrer os mais velhos, de quem precisamos e a quem tanto devemos, ou os mais novos, que precisam de nós e que precisamos de ajudar para viver, é a maior tristeza de todas.
Haveria livros. Platão e Beckett continuariam vivos e a escrever. A imortalidade seria o preço do génio - deveria haver maneiras neurocirúrgicas de protegê-los da saudade e do cansaço. [...]
Não percebo por que têm de morrer as formigas e os leões para nascerem formigas e leões iguais a eles."
retirado de "O cemitério de raparigas" de Miguel Esteves Cardoso.
Não haveria pais, mães, filhos - ninguém que morresse antes ou depois de quem ama ou os ama. O sofrimento, sem a morte, já chega. Saber que vão morrer os mais velhos, de quem precisamos e a quem tanto devemos, ou os mais novos, que precisam de nós e que precisamos de ajudar para viver, é a maior tristeza de todas.
Haveria livros. Platão e Beckett continuariam vivos e a escrever. A imortalidade seria o preço do génio - deveria haver maneiras neurocirúrgicas de protegê-los da saudade e do cansaço. [...]
Não percebo por que têm de morrer as formigas e os leões para nascerem formigas e leões iguais a eles."
retirado de "O cemitério de raparigas" de Miguel Esteves Cardoso.
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Eu amanhã vou acordar assim
The Doves, "There goes the fear" de The Last Broadcast.
(ou uma das canções mais criminosamente ignoradas do mundo)
Se não te portas bem não tens prenda de natal
FPF obrigada a reavaliar caso Nuno Assis para segurar estatuto de utilidade pública
Só acredita que o futebol é coisa de "utilidade" pública, quem não tem de andar no metro do porto no sentido Senhor de Matosinhos-Estádio do Dragão, numa quarta-feira, na hora de ponta, num dia em que há jogo da liga dos campeões.
Só acredita que o futebol é coisa de "utilidade" pública, quem não tem de andar no metro do porto no sentido Senhor de Matosinhos-Estádio do Dragão, numa quarta-feira, na hora de ponta, num dia em que há jogo da liga dos campeões.
sábado, dezembro 02, 2006
sexta-feira, dezembro 01, 2006
A tal personagem comunista
"Foi só muitos anos depois, quanto o meu avô já se tinha ido deste mundo e eu era um homem feito, que vim a compreender que a avó, afinal, também acreditava em sonhos. Outra coisa não podería significar que, estando ela sentada, uma noite, à porta da sua pobre casa, onde então vivia sozinha, a olhar as estrelas maiores e menores por cima da sua cabeça, tivesse dito estas palavras: "O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer". Não disse medo de morrer, disse pena de morrer, como se a vida de pesado e contínuo trabalho que tinha sido a sua estivesse, naquele momento quase final, a receber a graça de uma suprema e derradeira despedida, a consolação da beleza revelada. Estava sentada à porta de uma casa como não creio que tenha havido alguma outra no mundo porque nela viveu gente capaz de dormir com porcos como se fossem os seus próprios filhos, gente que tinha pena de ir-se da vida só porque o mundo era bonito, gente, e este foi o meu avô Jerónimo, pastor e contador de histórias, que, ao pressentir que a morte o vinha buscar, foi despedir-se das árvores do seu quintal, uma por uma, abraçando-se a elas e chorando porque sabia que não as tornaria a ver."
excerto de
De como a personagem foi mestre e o autor seu aprendiz
(discurso proferido na cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Literatura de 1998)
de
José Saramago
A versão completa está aqui. Que coisa mais delicada e bela.
excerto de
De como a personagem foi mestre e o autor seu aprendiz
(discurso proferido na cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Literatura de 1998)
de
José Saramago
A versão completa está aqui. Que coisa mais delicada e bela.
Por lá
Há uns tempos atrás, esta era a paródia:
Hoje a caixa dos iPods encolheu. Já não é cúbica, continua a ter bom gosto, mas já não é a mesma coisa - as caixas antigas (como a do vídeo, com o ipod de 1ª geração) davam a ideia que se estava a comprar qualquer coisa especial. Usando a máxima do IKEA, a Apple decidiu há uns tempos (quando o iPod se transformou em moda) não transportar ar de cada vez que vende um. Quanto maior a caixa, maiores os custos de transporte desde as fábricas da China até à Fnac de Santa Catarina - ou então, o espaço já não era preciso, uma vez que o iPod deixou de trazer coisas que ninguém usa como... um carregador de parede! (os produtos apple podem ser muuuito porreiros, mas os gajos sabem chular...).
Nestes tempos de Zune, a Microsoft parece ter aprendido algumas lições. Em alguns aspectos o seu novo leitor de mp3 é uma cópia chapada do iPod (da caixa, ao "look and feel" de toda a experiência de utilização). Em outros é muito melhor. Em outros muito pior. Quem vai comprar que escolha.
Mas, depois de ver o primeiro vídeo de publicidade ao Windows Vista, o todo poderoso sucessor do mais importante sistema operativo do mundo, só dá mesmo para sorrir...
Alguém foi pago para desenvolver esta publicidade?
Hoje a caixa dos iPods encolheu. Já não é cúbica, continua a ter bom gosto, mas já não é a mesma coisa - as caixas antigas (como a do vídeo, com o ipod de 1ª geração) davam a ideia que se estava a comprar qualquer coisa especial. Usando a máxima do IKEA, a Apple decidiu há uns tempos (quando o iPod se transformou em moda) não transportar ar de cada vez que vende um. Quanto maior a caixa, maiores os custos de transporte desde as fábricas da China até à Fnac de Santa Catarina - ou então, o espaço já não era preciso, uma vez que o iPod deixou de trazer coisas que ninguém usa como... um carregador de parede! (os produtos apple podem ser muuuito porreiros, mas os gajos sabem chular...).
Nestes tempos de Zune, a Microsoft parece ter aprendido algumas lições. Em alguns aspectos o seu novo leitor de mp3 é uma cópia chapada do iPod (da caixa, ao "look and feel" de toda a experiência de utilização). Em outros é muito melhor. Em outros muito pior. Quem vai comprar que escolha.
Mas, depois de ver o primeiro vídeo de publicidade ao Windows Vista, o todo poderoso sucessor do mais importante sistema operativo do mundo, só dá mesmo para sorrir...
Alguém foi pago para desenvolver esta publicidade?
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