A diferença entre "capturar o momento" e "capturar o contexto" no Columbia Journalism Review, ou como todos estes novos fotógrafos amadores da era digital estão a comer um bocadinho do foto jornalismo (ou será só o mau?).
Estive a ver o 24 Hour Party People, por isso isto faz algum sentido. É um documentário em formato ficção. Steve Coogan faz muito com o papel de Tony Wilson (gosto de pensar que é uma caricatura, mas tem muita pinta), a realização de Michael Winterbottom é divertida, tem estilo - o filme nunca parece "real" (Tony Wilson fala muitas vezes com o espectador, a narrativa é cortada por pequenas lendas e factos divertidos), mas parece ser fiel ao espírito do que realmente aconteceu, mais até do que à forma como aconteceu.
Tony Wilson é uma contradição na minha cabeça: o mesmo homem que ajudou a popularizar o pós-punk é o mesmo que "pôs o homem branco a dançar". E com esta me lixou.
Conta a lenda que Blue Monday, o single de 12" mais vendido de todos os tempos, no seu processo original de manufactura em die-cut fazia a Factory perder 5 pence por cada cópia comprada. Talvez não, mas isto era gente cheia de sonhos de qualquer maneira.
As fotos que Georges Dussaud tirou em Trás Os Montes têm um alcance de 30 anos, mas podiam ter sido todas tiradas no mesmo dia, na década de 40 ou na semana que vem.
Camille Pot é uma designer gráfica freelancer formada na ESAD (de Strasbourg). Ganhou o 3º Prémio de um concurso de fotografia promovido por uma revista francesa chamada Pixelcreation, com uma série de 4 fotografias sobre o quotidiano de um casal. É a primeira vez que expõe fotografia. Há gente com talento que é uma coisa estúpida.
Não encontro nenhum site dela, o que é pena.
Quem me mostrou isto foi a Margarida, mas ela também já não sabe muito bem como lá chegou.
That little picture window, framed in white with just this much more spacing on the bottom so you can hold it. The fucking thing was begging to be held, passed around, shared, pinned up, torn, and written on. It’s a triumphant visual institution.
E ainda sobre ícones que se vão,
The record might only represent the concept of music to some, perhaps the cassette a few more, the CD more still, but how long before iTunes needs to change its icon because the CD metaphor isn’t what currently means “music”?
Sobre a metáfora da Polaroid, acho que é perfeita. É muito giro ver a quantidade de pessoas que "simula" a moldura Polaroid em formato digital, em sítios como o Flickr. Eu sei que já fiz isso.
Sobre a tendência assassina do logo do iTunes - nunca tinha pensado nessa contradição, mas é interessante. Ou divertida, ainda não decidi. Talvez o iTunes se confunda com o "cd" e com a "música" para as gerações futuras, transformando o objecto cd numa representação mitológica de música, sem ninguém entender muito bem a simbologia. Vou ter muito que explicar aos meus netos.
Tenho uma admiração secreta e (até agora) oculta por fotógrafos que atiram de 1000 maneiras diferentes e acertam sempre - como este que acabei de descobrir: Jeremy Pollard.
No portfolio dele há sensações para todos os gostos. Eu hoje estou assim.
The Strokes, Is This It (RCA, 2001). Oh, man, can't you see I'm nervous, so please Pretend to be nice, so I can be mean I miss the last bus, we take the next train I try but you see, it's hard to explain
Coisas terrivelmente interessantes, sempre em volta de letras e preto, muito preto - por vezes sobreposto por cores inesperadas, mas que funcionam. E letras, muitas letras.
But what really brings everything together is the typography. The headings for Obama's myriad campaign materials are predominantly set in Gotham, a gloriously unfussy sans serif, designed by Tobias Frere-Jones in 2002. Gotham is assured, elegant, and plain-speaking - just like Obama, or so he'd have us believe. These parallels are of course no accident, but this typeface has other, subtler, connotations. What makes Gotham a particularly interesting choice is that its stylistic origins are distinctly American.
O novo single para as meninas e menino Cansei de Ser Sexy. O álbum Donkey (Sub Pop, 2008) sai a 21 de Julho. Podem fazer o download desta faixa de forma grátis e legal, no conforto de vosso lar, no site dos CSS.
Várias coisas: o álbum ainda não saiu, cheguei até esta música através do Kitsune Noir (o blog pessoal de um tipo chamado Bobby Solomon), que de vez em quando faz e distribui gratuitamente umas mixtapes - esta última chama-se I Was Dreaming Of Just You e é, segundo o autor, para conduzir no verão. Outras coisas: gosto do site que Beck tem para este álbum - é limpo. Este vídeo não é oficial, foi feito por um tal de Ed Haas - mas caramba, é bom.
"The only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing, but burn, burn, burn, like fabulous yellow Roman candles exploding like spiders across the stars, and in the middle, you see the blue center-light pop, and everybody goes ahh..."
The Raconteurs, Consolers of the Lonely (Warner Bros., 2008).
O Jack White parece sempre ser mais feliz com eles. Nos White Stripes parece sempre muito chateado com o mundo. Mas é sempre eficaz.
O vídeo não me parece particularmente espectacular, mas foi realizado por um senhor chamado Autumn de Wilde, essencialmente fotógrafo, que faz coisas muito interessantes. Como retratos. Tipo estes ao Michel Gondry, o que não deve ser tarefa fácil.