She talked in this way while she undressed, with an effort to appear at ease; then she sat at the dressing table, ran a comb through her hair, and with her bare back towards me, looking herself in the glass, said: 'Shall I put my face to bed?' It was a familiar phrase, one that I did not like; she meant, should she remove her make-up, cover herself with grease and put her hair in a net. 'No,' I said, 'not at once.' Then she knew what was wanted. She had neat, hygienic ways for that too, but there were both relief and triumph in her smile of welcome; later we parted and lay in our twin beds a yard or two distant, smoking. I looked at my watch; it was four o'clock, but neither of us was ready for sleep, for in that city there is neurosis in the air which the inhabitants mistake for energy.
Como motivo, a vergonha tem a vantagem adicional de providenciar um factor de distorção temporária, e assim prescindir de leituras que façam de Lear estúpido, inflexível ou extremista - uma vez que a vergonha é ela própria a mais estúpida, inflexível e extremista das emoções. É também arbitrária; e essencialmente incomunicável. Ao contrário da culpa ou da ira, a vergonha precisa de público, mas é precisamente a existência de público que a torna vergonha. A culpa ou a ira desejam absolvição ou retribuição; a vergonha apenas quer não ser notada. [...] Cordélia não se limita a expor a mesquinha artificialidade da cerimónia: expõe também a vergonha secreta de Lear - a vergonha que o levou a reconhecer a necessidade do plano, a vergonha de o amor das outras filhas não ser genuíno, a vergonha de precisar desse amor, a vergonha de ter sido visto a precisar desse amor.
Meu querido Rogério Casanova, tudo isto se explica assim: Who gives a fuck about an Oxford comma? I've seen those English dramas too, they're cruel.