"There is no use trying." said Alice; "one can't believe impossible things."
"I dare say you haven't had much practice," said the Queen. "When I was your age, I always did it for half an hour a day. Why, sometimes I've believed as many as six impossible things before breakfast."
Lewis Carroll
Nem vamos falar dos dias em que passo o pequeno almoço.
domingo, setembro 26, 2010
sexta-feira, setembro 24, 2010
A verdade é um monstro
Foram todas as verdades que tornaram as pessoas grotescas. O velho tinha uma teoria bastante elaborada a tal propósito. Era a ideia dele que no momento em que uma pessoa tomava uma das verdades para si própria, chamando-lhe a sua verdade, e se esforçava por conduzir a vida de acordo com essa verdade, a pessoa tornava-se grotesca e a verdade que abraçava tornava-se numa mentira.
Winesburg, Ohio, de Sherwood Anderson, Ahab.
via A Minha Vida Não É Isto
Winesburg, Ohio, de Sherwood Anderson, Ahab.
via A Minha Vida Não É Isto
domingo, setembro 19, 2010
Atonement
Pestanas como as tuas, mas mais vulgares. E depois aquela cena da praia. E aquele final. Atonemet, realizado por Joe Wright em 2007 com base no livro de Ian McEwan.
Dearest Cecilia, the story can resume. The one I had been planning on that evening walk. I can become again the man who once crossed the surrey park at dusk, in my best suit, swaggering on the promise of life. The man who, with the clarity of passion, made love to you in the library. The story can resume. I will return. Find you, love you, marry you and live without shame.
Genial. Merda.
sexta-feira, setembro 10, 2010
O insulto
O insulto é o pormenor superficial de uma gente vil e violenta. E pessoas violentas não ofendem ninguém - devem apenas ser combatidas. Por falar em insultos e ofensas, julgo que me senti ofendida com um artigo bastante insultuoso no Público sobre Marilyn Monroe, em que se falava dos seus gostos de leitura e dos seus autores preferidos - Beckett e Joyce. Há imensas fotografias de Marilyn a ler. Assim como há de Audrey Hepburn a comer. Ninguém acreditava que Audrey Hepburn fosse tão magrinha naturalmente. Assim como ninguém acreditaria que uma superboazona gostasse de Joyce. No fundo, ninguém está preparado para ser confrontado com a perfeição. É muito difícil estabelecer uma ligação mínima com alguém com o aspecto de Marilyn Monroe (ou seja: mais ninguém) e um gosto literário tão sofisticado. Como se a boa literatura só pudesse ser lida e compreendida pelos feios.
domingo, setembro 05, 2010
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