Eis o encontro entre dois corpos: coisas que partem, coisas que doem. Talvez hoje seja um bom dia para o choque, uma boa desculpa para quebrar o arrastar das horas, e daí, há qualquer coisa em nós que nos diz que estes dias de chuva foram feitos para coisas mais banais. Não que haja algo de mal nas coisas banais. Não que este nosso pequeno contacto na forma de Desculpe, não o vi, não seja em si mesmo um acaso, coisa banal, pois como o nome diz, ocorre ao acaso, a todo o momento. Coisa banal. Bom dia para escorregar no chão molhado, deixa-te levar até ao corpo de um estranho e choca. Finge espanto com os insultos, Veja lá por onde anda, e deixa-te ficar pelo chão, aprecia aquilo que houve de planeado no teu acaso, O gajo é doido, e tu a sorrir para aquele homem banal. É natural que te sintas culpado, esta tua forma de procurar o preferencialmente evitável constitui uma violação de regras essenciais do universo, como esta: os acidentes ocorrem ao acaso. Portanto, aquilo que é planeado deixa de ser banal, a inteligência destrói o espontâneo. Ou isso querias tu.
E isto surge, vindo da tv:
Kill me Sarah,
kill me again with love,
it's gonna be a glorious day.
1 comentário:
hoje pintei os olhos de negro e deixei o dia escorregar por entre o súor preto das pestanas e o odor na face. Dia diferente?quem o viveu?
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