sons na minha cabeça

Hoje, enquanto conduzia só me apetecia ouvir esta música. Sei lá porque. Nem é uma música muito boa para conduzir, nem eu costumo conduzir. (pensando melhor, é uma música boa para tudo.)

Portanto: Radiohead com Optimistic, do assombroso Kid A. O estranho álbum que um dia deu cabo da vida a um pobre adolescente de 15 anos (quando se é um adolescente de 15 anos custa a entender como podem uns tipos estilhaçar um conceito que tu consideravas - e cada vez mais consideras - genial, oK computer, e pelo caminho deixar um óvni que não podes deixar de gostar (e tu que tinhas jurado só gostar de músicas só com guitarras. pois é.).
Nesse dia sai da Valentim de Carvalho com dois álbuns: o Kid A e o Parachutes dos Coldplay. Hoje, Parachutes é o único álbum que suporto (e de que gosto muito) dos Coldplay e Kid A tornou-se, talvez o padrão de fuckedupness pelo qual meço todas as outras rodelas. Há dias assim.
Para quem acredita na teoria do caos: embora continue a gostar mais e a ouvir mais oK computer, Kid A é o único álbum (e provavelmente um dos poucos objectos), que recordo perfeitamente comprar, desempacotar, ouvir pela primeira vez, pensar que merda mais estranha porra, encostar, ouvir de novo e depois, quase que posso jurar, o momento em que se fez clique. É dos poucos objectos que considero meu.
E eu nunca vi Radiohead ao vivo. Sou tão infeliz.