A projectação em Design, como na arquitectura e na engenharia, decorre de premissas éticas que são absolutamente óbvias para quem as escolhe, abraça e pratica. Não se trata de fazer feio podendo fazer bonito, trata-se sobretudo de o fazer inteligentemente e perante isso não pode haver alternativa. A própria beleza decorre dessa perfeição lógica e emocional e não é um fim em si mesma. É indissociável da boa solução. Se parte dela ou a ela permite chegar é outra questão. (Conta-se que Marcel Dassault, questionado acerca da razão que o tinha levado a apostar antes de todos os outros num improvável perfil de asa para o Mirage III, e que os estudos aerodinâmicos posteriores vieram a rectificar, disse simplesmente: Era evidente: era o mais bonito!)
Carlos Aguiar, 2009.
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