Morrer, porém, não é fácil,
ficam sombras nem sequer as nossas,
e a nossa voz fala-nos
numa língua estrangeira.
Apaga a luz e vira-te para o outro lado
e acorda amanhã como novo,
barba impecavelmente feita,
o dia um sonho sólido onde a noite se limpa e se deita.
Como se Desenha uma Casa (Assírio & Alvim, 2011).
Manuel António Pina, 1943-2012.
1 comentário:
ou da repetição dos dias.
cheers
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