quinta-feira, dezembro 16, 2010

Como poderia ser imenso?

E o sonho era tudo o que ficava para lá da serra de Bornes: as cidades que nunca veriam, as paisagens viçosas das províncias férteis da beira-mar, o oceano que lhes dizíamos ser imenso.
- Imenso como o céu? - perguntavam eles.
- Não. Diferente - respondíamos nós.
Carinhosos, sorriam a perdoar-nos a tolice. Se não era como o céu, como poderia ser imenso?


Ernestina. J. Rentes de Carvalho, Quetzal, 2001.

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