“Mas não queres mesmo ler?” E a cada insistência a minha determinação esvaía-se um pouco mais, empapada em suor e calcinada pela bola de fogo que me queimava o estômago, abrindo caminho até ao esófago e jorrando num largo, abundante e apoteótico vómito que se substituiu ao “não” definitivo que me preparava para suspirar. A contínua, a única que não tinha sido anestesiada pelos vapores da má literatura, apressou-se a limpar os restos do meu almoço e da pouca poesia que, desde aquele dia, me abandonou.
Circo da Lama, de Bruno Vieira Amaral, um dos 31 da Armada.
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