Ir ao supermercado é uma experiência assustadora... especialmente ao fim de semana...
Quase fui atropelado por uma familia de quatro enquanto tentava comprar chá... e acho que a senhora da caixa não gostou da minha barba de 3 dias... oh, devo ter um aspecto tãaaooo deliquente...
É para aprender a fazer uma lista de compras e não ter de ir ao modelo só por causa do chá.
Nos dias de semana à noite, mesmo antes de fechar, os supermercados parecem uma reserva para um holocausto nuclear. Como se uma sociedade perfeitamente organizada a viver permanentemente em guerra fria construisse na cave das suas casas abrigos onde guardariam mantimentos para 10 anos. Tudo está organizado por rótulo, tamanho e formato das embalagens. Comestível e não comestível. Fruta deste lado, vegetais já ali. E uma versão indoor da RFM... Ah... as baladas dos Scorpions enquanto me pesam a alface.
Aos sábados é como se o holocausto já tivesse começado. De repente, toda a gente corre para o abrigo e começa a recolher mantimentos que guarda salvaticamente. Se aquele gajo leva o chá todo, nós vamos ter de passar o inverno nuclear sem torradinhas e infusões quentinhas... bora matá-lo! E assim, enquanto lutam desesperadamente pela ultima embalagem de kellogs special K, transformam a beleza asseptica da grande superficie numa apocaliptica feira onde só faltam os ciganos a vender as lacoste fanadas a 5€.
Existe com certeza um mecanismo fisiológico "de preparação para o inverno nuclear" que se activa quando entramos nos supermercados. Acho que é dos detectores de alarme. Aquelas barras verticias que existem à entrada. Alguma parte do nosso cérebro endoidece quando estimulada por aquelas ondas.
Se um dia destes me faltar o chá ao domingo, bebo leitinho.
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